sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender."
(Alexandre Herculano)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Quase…

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas oportunidades que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono.
Às vezes, pergunto-me, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidade; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planeando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westpha

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

E a pergunta para os 50 000 mil euros é:

Qual é o fenómeno que acontece em Portugal por esta altura do ano, nomeadamente em Agosto?
Lamento desiludir quem respondeu as festas e romarias, de facto também acontecem por esta altura do ano e ainda ninguém percebeu porque acontecem. O fenómeno a que me refiro é a invasão “francesa” dos tempos modernos, basicamente este fenómeno passa-se da seguinte forma, no dia 31 de Julho Portugal ainda é português, mas a partir do dia 1 de Agosto Portugal transforma-se na própria França.
O nativo português, fica muito confuso com este fenómeno, digamos que é muita sofisticação para um nativo se habituar em apenas um mês.
Há coisas que custam a entender, uma delas é o nome dos imigrantes, por exemplo o filho da D. Maria antes de emigrar chamava-se Domingos agora chama-se Dominic, isto para não falar do facto de quando emigrou tinha 30 anos e falava perfeitamente português, agora tem 33 anos e já não sabe falar português e muito menos francês. Outra coisa que talvez seja um requisito para se ser emigrante é o corte de cabelo, todos eles têm esse corte característico assim como o bigodinho (mostache), o colar e alguns chegam mesmo a ter brinco, penso que esta forma característica de visual seja para se identificarem uns aos outros uma vez que estão noutro país, tipo formam assim uma espécie de comunidade
O verdadeiro emigrante é do Benfica, e segundo eles não trabalham nas obras são é chefes “du chantier”, é também casado e tem filhos, que se chamam normalmente Cedrique e Patrique e se for menina Stefanie, que não sabem falar português. Estes luso-descendentes são demasiado sofisticados, vestem-se de uma maneira esquisita, pelo menos para nós os nativos, usam a meia branquita por cima das calças e camisolas de alças, assim como também usam boné inclinado para o lado e o colarzito com uma medalha tipo prato.
É também importante lembrar que o verdadeiro emigrante insiste em pagar os cafés no café da aldeia com uma nota de 50 euros, porquê? Emigrante que é emigrante diz "-deixei o portable no cofre do carro, puff" em vez de dizerem "-deixei o telemóvel na mala do carro, caralho".
Em Setembro acaba a época da invasão francesa deste ano, e os nativos têm onze meses para recuperarem até á próxima invasão.

Em breve sairá a tradução deste post em francês, para que todo o emigrante o possa ler.

Solidão...

Solidão não é a falta de gente para conversar... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o recolhimento involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

(Fátima Irene Pinto)

Um jovem americano de 20 anos, colocou no YouTube um vídeo onde dizia “Apesar de não te conhecer, importo-me contigo”, onde convidada os utilizadores a ligarem-lhe. Ryan disse que pretende responder a todos os telefonemas que puder, até agora já recebeu 5000 telefonemas e sms’s, na sua maioria de jovens. Ryan inspirou-se em Juan Mann, um homem que ganhou fama no YouTube por oferecer abraços gratuitos a estranhos. Para Ryan, os pais de alguns jovens não têm tempo para se sentar e conversar com elas, por isso é algo que os jovens fazem com estranhos no YouTube. Isto demonstra o estado de uma certa parte desta sociedade “desenvolvida”, que tendo acesso a “tudo”, falta-lhe o essencial, como simplesmente alguém com quem falar.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Procura-se um amigo…

"Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração.
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa.
Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.
Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vazio que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.
Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.
Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando,mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive."
Vinícius de Moraes

domingo, 18 de maio de 2008

Guerra de Sexos…

Se há uma coisa que eu não entendo é estas coisas das guerras de sexos, quem teve tal ideia? Mas a final que é isso do sexo forte? Eu penso que talvez seja sexo á bruta.
Numa coisa estamos todos de acordo… estas guerras de sexos não levam a lado nenhum, principalmente entre marido e mulher, é por isso eu sou a favor da divisão de tarefas num casal… 2 exemplos básicos, “o homem manda e a mulher faz” e “a mulher cozinha e o homem come”.
Outra coisa que me intriga é as mulheres passarem a vida a reclamar do marido, só gostava de saber porquê? Passam a vida a reclamar de que o marido não fecha a tampa da sanita, mas que lhes custa fechar, o marido também pode reclamar da mulher que ela nunca abre a tampa da sanita. Depois também reclamam que não têm atenção dos maridos e que eles não lhe reconhecem o devido valor, isso não passa de pura mentira, alguns homens reconhecem o valor que as mulheres têm na vida deles, e todos os dias lhes lembram isso… “O jantar está pronto?”, “Já lavas-te a roupa?”, “estás mais gorda!”, “a vizinha do 2º dt é boa como o milho”, “não há cerveja no frigorífico”, isto são exemplos de carinho e reconhecimento dos homens, é lindo de se ver.
Existem algumas mulheres que mudaram a história, e sim essas mulheres merecem todo o meu respeito, estou a lembrar-me da Rainha Vitoria de Inglaterra, grande mulher, percebeu o valor que a mulher tem na sociedade. Esta senhora decretou leis muito importantes, como por exemplo que uma mulher pode levar do marido com um pau desde que a grossura deste não ultrapasse o diâmetro do dedo polegar do seu marido, outra lei foi que as mulheres têm por obrigação cuidar da casa e dos filhos e devem servir sempre os seus maridos. A Rainha Vitoria como mulher sabia que a desculpa da dor de cabeça não tinha sentido, dai decretou a lei que a mulher tem obrigação de dar filhos ao marido, e está mais que provado que sexo tira as dores de cabeça. Outra grande senhora que eu admiro é a Mary Quant, a inventora da mini-saia, esta senhora encontrou uma forma de os homens darem mais valor ás mulheres.
Não se pode confiar numa mulher, vejamos, um bicho que sangra durante cinco dias e não morre não é confiável certo?
Uma afirmação de uma mulher que eu conheço “mulher que é mulher leva do marido e gosta!”, palavras para quê.
Toda a gente sabe o que é um pleonasmo, eu vou dar um exemplo perfeito “mulher burra”.
Pena um grande senhor que percebe muito de mulheres não conhecer o meu blog, alguns dos vizinhos deste blog já tiveram o privilégio de conhecer os comentários dele, estou a falar do Sr. Joaquim Meneses, pode ser que ele apareça por cá. Grande Senhor.
Este post é para responder a um post feminista de um blog, que eu não vou mencionar o nome mas que é escrito pela Serenity, grande amiga, mas que às vezes o cérebro pára-lhe... e fica com esta mania que é rebelde, deve ser da lua, porque leva aqui como leva em casa.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A mais bela lição de vida...

“Se por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapos e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso mas pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas não pelo que valem mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais, porque entendo que por cada minuto que fechamos os olhos perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate?!
Se Deus me oferecesse mais um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas de um poema de Benedetti e uma canção de Serrat, seria a serenata que eu ofereceria á lua!
Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas...
Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida... não deixaria de passar um só instante sem dizer ás pessoas de quem gosto que gosto delas, convenceria que cada mulher ou homem que é meu favorito e viveria apaixonado pelo amor.
Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha. Aos velhos ensinar-lhe-ia que a morte não chega com a velhice mas com o esquecimento.
Tantas foram as coisas que aprendi com vocês, os homens! Aprendi que todo o Mundo quer viver em cima da montanha sem saber que a verdadeira felicidade está ao subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta, com a sua pequena mão, pela primeira vez o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se!
São tantas as coisas que aprendi com vocês, mas que não me vão servir realmente de muito, porque, quando me guardarem dentro desta maleta infelizmente estarei a morrer!”
Gabriel Garcia Marquez

Este poema para mim é uma bela metáfora da vida, no entanto tenho de fazer um reparo, nós Homens não somos marionetas nas mãos de Deus, porque a partir do momento em que o fossemos, estaríamos a perder a liberdade que Deus nos deu. Deus fez-nos livres, por isso cada um aproveita a vida como quer e bem entende.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim (2008), China, sim ou não?

Em primeiro lugar, gostava de salientar que condeno todos os abusos dos direitos humanos por parte do governo chinês para com o seu povo, assim como também condeno a opressão da China para com o povo Tibetano, acho que está na altura de se resolver este conflito.
Na minha opinião o boicote não é a solução, porque boicotar os Jogos Olímpicos é boicotar os esforços desportivos dos atletas, para quem põe em jogo uma carreira, uma vida, boicotar os Jogos Olímpicos é condenar o povo chinês ao submundo dos marginais, em permanente ódio com o Ocidente, e cada vez mais afastados da transparência.
Nos Jogos da Antiguidade, os países abandonavam todo o conflito político-militar quando chegasse a época dos jogos. O próprio carácter internacional da competição teve início quando três reis de cidades-estado gregas assinaram um tratado de paz em Olímpia, prometendo enviar para lá, a cada quatro anos, os seus melhores atletas, obrigando-se a trégua caso estivessem em guerra. Em 1892, o Barão Pierre de Coubertin, decide recuperar os Jogos Olímpicos como forma de celebrar a paz entre as nações, numa época em que seu país acabava de ser humilhado numa guerra relâmpago com a Alemanha. Assim, ele lança sucessivos apelos, tanto aos governos assim como às entidades desportivas dos países mais poderosos da Europa, para que se voltem a realizar essas competições, à semelhança daqueles da Antiguidade. O século XX fez com que essa tradição fosse invertida: os Jogos é que se interromperam quando rebentavam guerras, e isso ocorreu três vezes até hoje (1916, 1940 e 1944). Essas duas guerras também viram morrer vários atletas, que acabaram por se converter em “soldados”, as guerras não eram só nos campos de batalha eram também dentro dos estádios para mostrar qual era o melhor país, cada atleta tinha de defender as cores da sua bandeira com unhas e dentes, mas a derrota nessa outra guerra é sempre inaceitável. A triste ironia faz parecer que os Jogos Olímpicos ainda precisam transcender o estatuto de instituição desportiva e passar a ser efectivamente uma força de união pacífica global, exactamente o desejo que o Barão de Coubertin deixou no seu testamento.
Dada a importância e a visibilidade dos Jogos para o mundo, estes têm também, nos últimos anos, sido usados como espaço para confrontos políticos e reivindicações, de que são os piores exemplos o massacre de Munique (1972), em que membros da comitiva israelita foram feitos reféns por extremistas palestinianos (morreram 11 atletas), e os boicotes aos jogos (1980 e 1984) durante a Guerra Fria, pelo bloco de países soviéticos e pelos Estados Unidos, respectivamente, e também o atentado à bomba ocorrido em Atlanta (1996).
Os jogos olímpicos têm como objectivo principal, a paz entre as nações, ao boicotarmos os jogos está-se a fazer exactamente o contrário daquilo que o Barão Pierre de Coubertin pretendia.
Estes conflitos entre nações, nomeadamente a China e o Tibete, devem ser resolvidos com o apoio de toda a comunidade internacional, estudando as melhores soluções, mas nunca misturar problemas políticos com os jogos olímpicos, ao fazer-se isto está-se a relativizar os fundamentos dos jogos, celebrar a paz entre as nações assim como a unificação de nações e povos. Um exemplo de aproximação e reconciliação entre os povos, de que os Jogos Olímpicos pretendem ser símbolo é, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, participaram nos Jogos de Sydney (2000) e de Atenas (2004) desfilando nas cerimónias sob uma única bandeira, existem negociações para que as duas participem a partir de 2008 com uma única delegação.



"Não estamos de forma alguma seguros que qualquer eventual boicote levasse a um maior respeito pela lei na China ou no Tibete. De forma alguma"

(Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso)


Por todos estes factos sou contra o Boicote á grande Festa do Desporto que são os Jogos Olímpicos, independentemente de se realizarem na China, nos EUA ou em qualquer outra parte do mundo.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Amizade...

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes dedico e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objecto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição encoraja-me a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não lhes posso dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão a ler este texto e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Sem que os meus amigos saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem-estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

Paulo Sant'Ana

domingo, 30 de março de 2008

Gente espaçosa…

Tenho a mania de escrever sobre coisas que me tiram do sério ou que fazem confusão, hoje não é excepção, acho que já se está a tornar um hábito.
O título deste post é sobre gente espaçosa, não, não me estou a referir a pessoas com uns quilinhos a mais, refiro-me antes a um espécime de ser humano que me faz muita confusão, são as pessoas com problemas de afirmação pessoal.
Este tipo de gente se é que se pode chamar gente, vive em função dos outros, não no sentido de caridade, mas sim com o intuito de ser o centro das atenções. É incrível que estas pessoas não conseguem perceber ao ridículo a que chegam, algumas chegam a parecer autênticas lapas, grudam e não desgrudam, têm de saber sempre tudo, têm de ser consultadas para tudo, pior é quando não sabem e fazem questão de saber (muitas vezes até inventam, e é cada história), têm de fazer sempre parte de tudo e de preferência serem os chefes ou os coordenadores. Alguns até pensam que mandam em tudo, tudo tem de ser ao jeito deles, e ai de quem não seguir as suas ordens… estes seres não suportam que alguém tenha mais atenção que eles, para eles toda a gente tem defeitos, só eles são perfeitos e sabem tudo, acho que entre eles e Deus existe uma distância muito curta, alguns até nem se importavam de ser venerados. Como este tipo de gente está sempre em todo o lado, são chatos, espaçosos e melgas, qualquer dia ainda me caem na sopa.
Estas pessoas não podem ser felizes, como podem ser felizes se gastam a maior parte das suas energias, a pensar como hão-de ser os melhores e o que hão-de fazer para terem sempre protagonismo, faz-me lembrar a história da “branca de neve”, espelho meu, espelho meu haverá alguém melhor que eu? Na minha opinião são pessoas vazias, com problemas de afirmação pessoal, tentam ser fora de casa aquilo que não conseguem em casa.
Chego a ter pena deste tipo de gente, e pena é dos piores sentimentos que se pode ter por alguém, acho que eles só querem ter alguma atenção.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Tradições, costumes e “Porque sempre foi assim”…

As tradições são algo que faz parte da nossa vida, sempre fizeram e farão. Apesar de não concordar com muitas dessas tradições, respeito-as, apesar de para mim não fazerem sentido, para outros fará certamente. Uma pessoa por quem eu tenho uma admiração especial disse “as tradições por si só não fazem sentido, é necessário perceber o porquê, e algumas tradições devem ser purificadas, isto é para poderem fazer algum sentido”.
Quando me estou a referir a tradições, refiro-me concretamente às festinhas de aldeia em honra do Santo X ou da Santa Y.
Existem coisas que me deixam intrigado, fará sentido que uma missa em honra de um determinado santo aquando da sua festa tenha mais fiéis que a celebração religiosa mais importante para todos os cristãos, a Vigília Pascal? É algo que não entendo, daí eu falar em tradições. “É a tradição fazer-se a festa”, “sempre foi assim”, “todos os anos se faz”, “todos os anos tenho de ir”, “se não houve-se a festa X nem parece que estamos na altura do ano Z” estas expressões são muito usadas para justificar estas festinhas de aldeia.
Nestas festas mistura-se o sagrado com o profano, os foguetes, o grupo musical que vem animar a festa, as meninas do grupo musical a dançarem em biquíni mesmo quando a temperatura ronda os 0º, as bebedeiras (sim porque festa sem se beber e comer não é festa), o senhor a fazer leilão de toalhas e panos de cozinha durante a procissão, etc. Eu não estou contra estas coisas, apenas acho que se deveriam separar bem as coisas: separar festa religiosa de convívio de pessoas.
Nem as pessoas que organizam a festa nem o padre da aldeia têm culpa, eles sim são os mais prejudicados com estas festas, porque se tentam mudar alguma coisa á tradição a aldeia cai-lhes em cima. E ainda têm de ouvir criticas como: “isto não tem jeito nenhum”, “o andor x devia estar antes do andor y”, “a festa teve poucos foguetes”, “o padre fez a missa muito grande”, “o pregador é um chato”, “grupo musical não prestava para nada” … estas pessoas fizeram um esforço por manter a tradição, abdicam de parte do seu tempo e da família, e as pessoas não lhes reconhecem o empenho nem o esforço.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Mais um surto de uma doença rara…

Um surto de “febre das limpezas”, que as autoridades locais se recusam a reconhecer como epidemia, está a assustar a população portuguesa. Apenas na última semana, registaram-se centenas de novos casos de pessoas infectadas pelo vírus.

Este vírus ataca apenas o ser humano, principalmente os portadores dos cromossomas XX. Sabe-se também que alguns espécimes com cromossomas XY também são afectados, mas são raros os casos e os efeitos secundários são quase nulos.
A preocupação da população e das autoridades de Saúde é principalmente com o avançar da semana, estima-se que o ponto máximo do surto de infecção seja o próximo sábado, nessa altura em cada lar português haverá pelo menos uma pessoa infectada.
Em alguns casos é necessário recorrer a medidas extremas, baixa médica, uma vez que os seres humanos do sexo feminino deixam de conseguir ter uma vida normal ficando com um transtorno obsessivo compulsivo pelas limpezas. Estes espécimes chegam a parecer estarem possuídos, revelam ter uma força inexplicável arrastando moveis e armários, ficam dependentes de produtos de limpeza e para não falar da agressividade e mau humor característico desta doença.
Os especialistas ainda não identificaram o vírus responsável por esta epidemia, por esse facto ainda não se encontrou vacina eficaz para combater a doença, sabe-se apenas que o vírus ataca na semana que precede a Páscoa. A partir do dia de Páscoa os sintomas desaparecem completamente, os cientistas acreditam que o vírus tem medo ao compasso pascal, uma vez que após a saída do compasso da casa das pessoas infectadas, estas ficam completamente curadas. Os especialistas ainda não conseguem perceber o porquê de limpar todas as divisões da casa e armários, se o compasso apenas vai a uma divisão, geralmente a sala, desconfiam que o vírus provoque sintomas de medo e pânico, o que leva as mulheres a limpar toda a casa com medo que o padre vá espreitar de baixo da cama ou dentro dos armários.
No caso de permanência dos sintomas da “febre das limpezas”, após o dia Páscoa, consulte o seu médico ou farmacêutico.

O ministério da saúde adverte
Se é homem tenha muito cuidado, as mulheres depois de infectados por este vírus tornam-se perigosas e agressivas em alguns casos podem morder. Lembre-se para o ano volta a haver Páscoa, esteja preparado e tome as devidas precauções.

domingo, 16 de março de 2008

É pior a emenda que o soneto…

Acho muita piada às pessoas que se defendem ou justificam sem motivo. Sem mais nem menos começam a justificar-se, isso só pode significar uma coisa: culpas no cartório.
O mais engraçado é as pessoas dizerem alguma coisa que não deveriam dizer, ou fazerem gestos que não deveriam fazer em frente de outras pessoas, e quando tentam corrigir esse percalço, tentando disfarçar, ainda se enterram mais! mas eu gosto de me fazer de ingénuo, e dar a entender que nunca percebo nada..., é caso para dizer "devem pensar que nasci ontem".
É engraçado ver como as pessoas conseguem inventar desculpas tão ridículas para justificar esses percalços, eu não sei se o fazem para que os outros acreditarem que era mesmo isso que queiram dizer ou se é para eles próprios acreditarem que não disseram aquilo, acho que a segunda hipótese é a mais viável, porque quanto mais justificam o erro mais se enterram. Já assisti a cada coisa … quando penso só me dá vontade de rir, mas pelo menos deixei as pessoas contentes, pensam que acreditei na justificação.
Deixo um conselho: quando acontecer uma situação destas não tentem disfarçar porque é pior a emenda que o soneto.

Continuo a dizer “DEVEM PENSAR QUE NASCI ONTEM”

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A vida ensinou-me...

A dizer adeus às pessoas que amo, sem tira-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim, para lhes mostrar que sou diferente do que elas pensam;
fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com os meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me magoaram ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafectos;

Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Ensinou-me a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir as minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Ensinou-me e está ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi,
e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, dando-lhe forma da maneira que eu escolher.
Sou feliz amo minha vida, a minha família, os meus amigos, os meus colegas, os meus rivais!!!


(Charles Chaplin)



Cada um tem de mim exactamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a verdade pode magoar, mas é sempre mais digna. Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos. O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver os seus sonhos.
(Charles Chaplin)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sorri...

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doloridos
Sorri vai mentindo à tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
(Charles Chaplin)

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A vida é muito para ser insignificante...

Já perdoei erros quase imperdoáveis
Tentei substituir pessoas insubstituíveis
E esquecer pessoas inesquecíveis
Já fiz coisas por impulso
Já me decepcionei com pessoas
Quando nunca pensei me decepcionar
Mas também decepcionei alguém
Já abracei para proteger
Já dei risada quando não podia
Já fiz amigos eternos
Já amei e fui amado
Mas também já fui rejeitado
Já fui amado e não soube amar
Já gritei e pulei de tanta felicidade
Já vivi de amor
E fiz juras eternas
mas quebrei a cara muitas vezes
Já chorei ouvindo músicas e vendo fotos
Já liguei só para ouvir uma voz
Já me apaixonei por um sorriso
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e .....
.....já pensei que fosse perder alguém especial (e acabei perdendo)
Mas sobrevivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida
E você também não deveria passar. Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação
Abraçar a vida e viver com paixão
Perder com classe e vencer com ousadia
Porque a vida pertence a quem se atreve.....
......A vida é MUITO para ser INSIGNIFICANTE
(Charles Chaplin)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Mentalidade de ovelhas…

“Para se ser membro imaculado de um rebanho de ovelhas, é preciso, acima de tudo, ser uma ovelha!”
(Einstein)

Existem algumas coisas que me revoltam, uma é as pessoas com mentalidade de ovelha, por onde uma vai vão todas, pessoas que não têm opinião própria não sabem ser críticas, pessoas que vivem conforme bate o vento. Felizmente ou infelizmente não sou assim, gosto de pensar por mim e tomo as minhas próprias decisões, e não penso muito na opinião dos outros, ou melhor só aceito as opiniões de quem quero, porque “existem mais pessoas que Gente”. Detesto quando me dizem, “faz assim porque toda a gente faz…” ou “Toda a gente gosta…”, mas eu não sou toda a gente.
Outra coisa que me tira do sério são as “pessoas que emprenham pelos ouvidos”, para quem não conhece a expressão quer dizer que as pessoas são influenciadas / manipuladas por aquilo que ouvem, tira-me do serio este tipo de pessoas não sabem distinguir as coisa. Acreditam em tudo o que lhes contam.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Errar...

Será possível alguém cair no mesmo erro varias vezes?
Eu conheço algumas pessoas que estão sempre a cometer o mesmo erro, não sei se o fazem por ingenuidade ou se o fazem por masoquismo. Prefiro acreditar que seja por ingenuidade, uma vez que todos temos ilusões, mas tantas vezes… é estranho. Costuma-se dizer que só se aprende quando se bater no fundo, não sei, o que eu sei é que já vi gente a bater muitas vezes no fundo e nunca aprendeu. Pensando bem talvez não seja por ingenuidade, mas sim porque gostam de sofrer… há pessoas que são atraídas por histórias sem futuro, o problema é que a corda parte sempre para o lado mais fraco…